Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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Formação Católica

14 dezembro 2015

NOVUS ORDO MISSAE III - COMENTÁRIO ELEISON 438

Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXXXVIII (438) - (05 de dezembro de 2015):
NOVUS ORDO MISSAE – III

Catholics, be generous !  Recognize God's goal
To save, outside “Tradition”, many a soul.

Se a evidência dos milagres eucarísticos ocorridos dentro da Igreja do Novus Ordo (veja EC 436 e 437) é tão séria quanto parece, então os católicos têm de conformar suas mentes à mente de Deus, e não o inverso. Os católicos que estão aderindo à tradição têm uma necessidade especial de pensar no que Deus quis dizer através dos milagres, porque eles não compreenderão facilmente isto, sabendo o quão repugnante deve ser em si mesmo o Novus Ordo da Missa (NOM) para Ele.

Por séculos Deus tem feito tais milagres. A razão primeira sempre tem sido aumentar a fé dos católicos numa verdade de Fé difícil de ser crida, mas muito próxima do Coração de Deus. Que depois da consagração do pão e do vinho na Missa Deus mesmo toma o lugar de sua substância é uma ocorrência tão fora do curso normal da natureza que essa invenção do amor de Deus, de querer dar-se como comida e bebida a suas ovelhas, pode ser prática, mas parece também inacreditável. Então, em relação ao tempo e ao espaço, Deus forjou milagres visíveis em forma para ajudar às almas incrédulas a acreditar. Uma razão secundária para estes milagres, especialmente onde tenha havido alguma profanação ou outra da Sagrada Eucaristia, é lembrar os católicos do sagrado tratamento e adoração sempre devida às humildes aparências sob as quais Deus esconde Si mesmo.

Ambas as razões se aplicam hoje, momento em que o NOM tem severamente diminuído o sentido da Real Presença sem anulá-la sempre (nunca?) (veja EC 437). Quem pode negar que o rito do NOM e suas práticas durante a Igreja do Novus Ordo, por exemplo, a comunhão na mão, têm levado inumeráveis católicos ao caminho da descrença na Real Presença, e incontáveis padres em direção à falta de respeito no tratamento à Sagrada Eucaristia? Quem pode negar que tanto a descrença quanto o desrespeito têm crescido enormemente desde que o NOM foi introduzido em 1969? Humanamente falando, o espanto não é que tenham ocorrido milagres no âmbito do NOM, mas que não tenham ocorrido muitos mais. Em todo caso, Deus sabe o que é melhor.

Entretanto, estes milagres – assumindo sempre que são autênticos – guardam lições para os católicos da tradição que têm, em parte, recuado em relação ao quadro do Novus Ordo. A lição mais óbvia é que nem todas as missas do Novus Ordo são inválidas, bem como nem todas as sagração episcopais e ordenações sacerdotais, como os “tradicionalistas” podem ser tentados a pensar. Isso acontece certamente porque desde os anos sessenta uma leva de ovelhas católicas se tornou mundana demais para merecer manter o novo rito da Missa, amou-a o suficiente para não perdê-la completamente. O NOM pode ter sido permitido por Deus para tornar mais fácil para os católicos perderem a fé se eles quiserem, mas não impossível mantê-la se isto desejarem.

Assim, o NOM e a Igreja do Novus Ordo como um todo são perigosos para a fé, e estão certos católicos que se agarraram à Tradição para evitar o perigo. Mas, ao passo que tiveram de manter distância entre si e a Igreja regular, tiveram de expor-se ao perigo oposto, o da isolação que leva ao sectarismo e até mesmo ao espírito farisaico, desconectado da realidade. Há verdadeiros sacramentos no Novus Ordo e verdadeiros católicos, dos quais Deus cuida, e os “tradicionalistas” deveriam estar felizes por isto. Não deixem que este isolamento faça com que eles se sintam obrigados a negar que restou algo de católico Novus Ordo. Isso é irreal, e o pêndulo da realidade oscilará, como a liderança da FSSPX, que presentemente nega a existência da necessidade de isolamento da Igreja regular. Não. A Tradição ainda precisa de isolamento, mas também de um espírito generoso e não isolacionista.

Kyrie eleison.

Tradução por Leticia Fantin Vescovi

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