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Formação Católica

08 setembro 2015

O PENSAMENTO DA NEOFRATERNIDADE I - COMENTÁRIO ELEISON - 395

 O PENSAMENTO DA NEOFRATERNIDADE - I
ELEISON COMMENTS - CCCXCV (395) - (7 de fevereiro de 2015)


Quando o Pe. Pfluger fala, o que se faz audível?      
A religião do homem, o Concílio, em tom alto e inconfundível.

            Perto do fim do ano passado, o segundo no comando da Neofraternidade Sacerdotal São Pio X, o Pe. Niklaus Pfluger, deu uma entrevista para uma revista da Neofraternidade na Alemanha, Der Gerade Weg, na qual ele respondeu a sete perguntas envolvendo a Igreja, a Tradição, a “Resistência” e a ExFSSPX. Dada a sua importante posição, seu pensamento certamente interessa. Suas linhas principais são apresentadas logo abaixo, e então sua principal falha.

            A Igreja Católica é ampla, muito mais ampla do que somente o movimento Tradicional. Esse movimento começou na década de 70 como uma reação compreensível dos católicos que perderam espaço após a revolução conciliar; mas nós nunca tornaremos a Tradição atrativa ou convincente se nós permanecermos mentalmente estagnados nas décadas de 50 ou 70. A Tradição Católica é um grande tesouro, e não deve ser confinada dentro das condenações, que foram rotina nos séculos XIX e XX, ao modernismo, ao liberalismo e à Maçonaria. Nas décadas de 70 e 80, a FSSPX agiu como um bote salva-vidas para as almas que se afogavam; mas em 2014, “nosso tempo é diferente, e não podemos nos imobilizar”. A Tradição da Igreja é uma, mas as tradições são muitas, e muito do que é moderno não é imoral.

            Assim, “devemos continuamente nos reposicionar” em algum ponto entre negar absolutamente que há uma crise de modernismo na Igreja, e negar a realidade da Igreja como faz a “Resistência”. Estes transformam um problema puramente prático, de reposicionamento,. em uma questão de fé; mas essa “fé” é uma invenção deles mesmos, subjetiva, pessoal e uma negação extrema da realidade – como pode Roma não ser católica? Como pode Dom Fellay ser o inimigo número um? Isso é ridículo! A “Resistência” é sectária, de mente estreita, de espírito maligno e divisora.

            Quanto ao QG da FSSPX ter traído a Tradição em 2012, suas ações foram atacadas por ambos os lados, e então ela agiu com razoável moderação. Seus textos não foram dogmáticos, apenas responderam às circunstâncias. Eles se afastaram das decisões do Capítulo Geral de 2006, por certo, mas quem ali poderia então imaginar o quão menos agressiva em relação à FSSPX Roma viria a se tornar em 2012? Em 2014 nossos três bispos puderam celebrar Missas públicas na Basílica de Lourdes!

            Em síntese, a FSSPX segue o Espírito, ela se vale da Tradição. Salvou a liturgia (graças a Dom Lefebvre). Não é nem monopolizadora nem está desunida ou derrotada como pode parecer. As tormentas na Igreja continuam, mas deixemos de lado as teorias conspiratórias e apocalipticismo, e fiquemos com a fé, a esperança e uma nova juventude! (Ver francefidele.org para o original em alemão e uma tradução francesa, http://nonpossumus-vcr.blogspot.com.br para uma tradução em espanhol, e abplefebvreforums ou cathinfo.com para uma tradução em inglês.)

                Onde está, então, a falha no pensamento do Pe. Pfluger? Ela é mais claramente vista no primeiro parágrafo acima, onde ele sugere que a Tradição pode prosperar fora das “condenações... nos séculos XIX e XX ao modernismo, ao liberalismo e à Maçonaria”. Para o Pe Pfluger, como para todos os liberais, essas condenações não são parte integrante da Fé católica, mas meramente “ancoradouros substanciais” (expressão própria do Cardeal Ratzinger) que, em uma época diferente, a Barca da Igreja pôde deixar para trás por não mais corresponder às circunstâncias diferentes. Portanto, se o Pe. Pfluger não tem uma fé diferente daquela de Dom Lefebvre, Pio IX, São Pio X, Pio XII, etc., ele certamente tem um conceito diferente dessa Fé, e esse conceito diferente subjaz todas as suas observações na entrevista citada.

            Assim, o problema é muito mais do que apenas um “reposicionamento prático”. A Roma de hoje seguramente não é católica. Dom Fellay é um imenso problema. O Capítulo Geral de 2006 foi implicitamente dogmático. A Tradição não deve ser atrativa para o homem, mas permanecer fiel a Deus (mencionado apenas uma vez, de passagem, na entrevista). A “Resistência” está longe de criar sua própria “fé”. Etc., etc...


Kyrie eleison.

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