Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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Formação Católica

07 setembro 2015

CAVERNA ABENÇOADA - COMENTÁRIO ELEISON - 170



CAVERNA ABENÇOADA
ELEISON COMMENTS CLXX (16 de outubro de 2010)

Que absurdo é separar a graça da natureza! As duas são feitas uma para a outra! Ainda mais absurdo é pensar que a graça faz guerra contra a natureza! Ela faz guerra, mas contra a queda de nossa natureza decaída, não contra a natureza, proveniente de Deus, que subjaz a esta queda. Pelo contrário, a graça existe para curar esta natureza subjacente de suas quedas, e elevá-la às alturas divinas, para uma participação na própria natureza de Deus (II Pd. I, 4).

Ora, a natureza sem a graça pode levar à Revolução, mas se a graça desprezar a natureza, ela conduzirá a uma “espiritualidade” falsa, por exemplo, o jansenismo, que também leva à Revolução. Eu me lembrei da gravidade deste erro protestantizante, que define a graça como contrária à natureza em vez de contrária ao pecado, em uma visita de sete dias à Itália que me levou a visitar quatro locais montanhosos para onde quatro grandes santos medievais, sendo que todos estão no Breviário e no Missal, fugiram para chegar perto de Deus – na Natureza. Eles foram, em ordem cronológica, São Bento (22 de março, Subiaco), São Romualdo (7 de fevereiro, Camaldoli), São João Gualberto (12 de julho, Vallombrosa) e São Francisco de Assis (4 de outubro , Monte Alverne).

De Camaldoli e Vallumbrosa, no alto das montanhas ao redor de Florença, duas ordens monásticas fundadas no século 11 tomaram seu nome. Em Monte Alverne, no alto dos Apeninos toscanos, São Francisco recebeu os estigmas em 1224. Pode-se chegar a todos os três locais com relativa facilidade de ônibus ou de carro, mas eles ainda estão cercados por florestas e são suficientemente elevados acima do nível do mar para serem muito frios no inverno. Esses santos foram a tais lugares para comungar com Deus, longe do conforto das cidades com sua “multidão enlouquecedora”, ainda enlouquecedora o suficiente até mesmo nas cidades menores daqueles tempos.

Talvez o local que mais me chamou atenção foi Subiaco, a uma hora de viagem de carro a leste de Roma, onde o jovem São Bento passou três anos em uma caverna de uma montanha. Nascido em 580 d.C., quando jovem estudante, fugiu da corrupção de Roma, e foi para as colinas com idade de 20 anos, ou, como dizem alguns, 14! – em caso afirmativo, que adolescente! Desde cerca de 1200 dC [d. C.] um mosteiro de larga escala começou a se formar na encosta da montanha ao redor do local tornado sagrado por este jovem, mas ainda se pode adivinhar o que ele encontrou lá em sua busca de Deus: as nuvens e o céu acima, o farfalhar da torrente no vale abaixo, nada além da floresta selvagem na face oposta da montanha, e para companhia nada mais que os pássaros rodando para lá e para cá no íngreme penhasco … sozinho com a Natureza … natureza criada por Deus … a sós com Deus!

Três anos, a sós com Deus … esses três anos de tal modo permitiram àquele jovem católico controlar sua alma, com Cristo, na natureza, que sua famosa Regra beneditina possibilitou que o arruinado Império Romano se transformasse numa altaneira Cristandade, hoje, por sua vez uma arruinada “civilização ocidental “. Onde estão hoje os jovens católicos, que salvarão a Cristandade tomando controle de suas próprias almas e tomando controle, com Cristo, de sua natureza?

Mãe de Deus, inspirai os nossos jovens!

Kyrie eleison.

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