Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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Formação Católica

07 setembro 2015

[ABALANDO] A RESPONSABILIDADE - COMENTÁRIOS ELEISON - 193



[ABALANDO] A RESPONSABILIDADE
ELEISON COMMENTS CXCIII (26 de março de 2011)


Muitas pessoas hoje têm uma idéia tão sentimental de Deus, ou uma idéia tão pobre de Seu poder, que elas são incapazes de imaginá-lo punindo, que dirá usando o universo material ou o clima para punir. Mas há um forte argumento de que a grande instabilidade das placas tectônicas, dando origem a desastres como os que acabamos de ver no Japão, foi um resultado e punição dos pecados do homem. Aqui está o argumento (do qual eu, por exemplo, nunca aprendi nada na escola): —

Antes de Adão e Eva pecarem, a natureza humana era uma gloriosa criação de Deus, forte e estável, mas não inquebrável. A revolta contra Deus poderia desfazê-la. Então quando Adão e Eva cometeram o Pecado Original, todos os seus descendentes (exceto Nosso Senhor e Nossa Senhora) herdaram uma natureza ferida, de tal forma que todos nós podemos sofrer, temos de morrer, e apenas com dificuldade controlar nossos baixos instintos. Algo semelhante se dá com a natureza física de nosso planeta. Antes do Dilúvio no tempo de Noé, ela era como um jardim paradisíaco, uma criação gloriosa de Deus, poderosa e estável, mas não inquebrável. A corrupção universal da humanidade (Gên. VI,5,11,12) poderia e iria quebrá-la.

Agora muitos geólogos de hoje podem não ter muita fé no Dilúvio como descrito na Bíblia, mas eles acreditam em alguma pré-histórica convulsão onipotente da superfície da Terra como uma forma de explicar, por exemplo, a evidência fóssil de animais marinhos que podem ser encontrados hoje em algumas das cadeias montanhosas da Terra, como as Rochosas na América do Norte. Originalmente, eles especulam, a circunferência rochosa da Terra era mantida bem longe do centro da Terra por enormes câmaras subterrâneas de água, sobre as quais a rocha era pressionada para baixo pela gravidade. Se esta camada esférica de rocha começasse a quebrar em qualquer ponto, a água jorraria para cima, inundando a superfície aberta acima, e a rocha seria esmagada para baixo, tomando seu lugar. As enormes tensões envolvidas poderiam espalhar a inundação e desabar todo o mundo. (Note que da Escritura parece claro que as águas que formaram o Dilúvio não apenas choveram de cima, mas também jorraram de baixo: Gênesis VII, 11; VIII, 2).

Mas é óbvio que, se ao redor de toda a Terra sua circunferência rochosa desabou para o interior, para formar uma circunferência menor, bem poderia haver rocha demais para pouco espaço, de modo que ela não iria apenas rachar, para formar as placas tectônicas em choque, mas poderia também deformar-se, para dar origem, dentre outras características observáveis na geologia de nosso planeta hoje, às enormes cadeias montanhosas, elevando animais marinhos muito acima do mar. O Monte Everest ainda está sendo erguido alguns centímetros por ano, pela placa da Índia ao ser empurrada embaixo da placa Eurasiática da China e do Tibete.

Assim como o Pecado Original gerou desde então as tensões punitivas dentro da natureza humana, da mesma forma a corrupção pré-histórica da humanidade gerou tensões dentro da crosta terrestre que ficou sujeita a todos os terremotos e maremotos históricos, como os que nós acabamos de ver no Japão. “A natureza”, disse Nossa Senhora em La Salette em 1846, “está clamando por vingança por causa do homem, e ela treme de pavor com o que há de acontecer à terra manchada pelo crime. Tremei, Terra, e vocês que proclamam a si mesmos como servos de Jesus Cristo, mas que no interior só adoram a si mesmos, tremei, porque Deus vos entregará ao teu inimigo, pois os lugares santos estão em estado de corrupção”.

Deixe-nos tremer. Deixe-nos rezar!

Kyrie Eleison.

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