Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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Formação Católica

07 julho 2015

A SENHORA MISTERIOSA



Foi em três de Novembro de 1888.

Um sacerdote de Londres, depois de um dia de muito trabalho, entrava em casa com a intenção de dizer suas orações e ir logo deitar-se. Apenas chegara a seu quarto, porém, batem à porta. Acompanhado de um estudante, o Padre foi ver quem era.

Uma senhora, vestida de preto, vinha pedir-lhe o favor de ir à rua tal, número tal, porque lá havia um jovem que precisava urgentemente de assistência religiosa. O vigário, muito boa pessoa, falou-lhe:
-          Pode ir sossegada, minha senhora; dentro de vinte minutos estarei lá.

Escreveu o endereço e saiu em companhia do seminarista. Era noite escura e triste. Chegados ao endereço indicado bateram. Uma velha criada veio abrir-lhe.

-          Mora aqui um jovem gravemente enfermo?
-          Não, senhor; aqui todos estão bons, graças a Deus. O senhor certamente se enganou no número da casa.
-          Não; pois a senhora que foi procurar-me deu-me este endereço.
-          Repito-lhe que nesta casa não há ninguém doente. Mora aqui um moço, mas, que eu saiba, não quer morrer tão já.

O Pároco já estava para regressar a casa, quando apareceu o moço que ouvia toda aquela conversa.
-          Como vê, senhor Padre, estou bem de saúde. Mas entre, e descanse um pouco. Enquanto ia entrando, o Sacerdote perguntou se o jovem era Católico.
-          Sim, respondeu ele, ou, melhor, devia eu sê-lo. Mas nada faço daquilo que os Católicos fazem. Fui batizado, e depois deixei correr tudo.

Mantiveram os dois conversa amigável. O rapaz, de fato, abandonara toda prática da religião. A única coisa, que ainda fazia, era rezar uma Ave-Maria, todas as noites, para cumprir uma promessa que fizera à mãe antes de ela falecer.

   O Padre soube falar-lhe tão bem ao coração que o moço chegou ao ponto de dizer-lhe:
-          Padre, uma vez que o senhor veio até aqui, não quero que perca o seu tempo. Eu bem poderia confessar-me. E, com efeito, fez excelente confissão.

-          Amanhã, disse o sacerdote ao despedir-se, o senhor pode ir à igreja para receber a Santa Comunhão.

Na manhã seguinte o Padre Vigário esperava o rapaz, quando chegou, toda aflita, a velha criada que o recebera na noite anterior. Entre lágrimas e soluços, exclamou:

-          Oh! Padre, que desgraça! O rapaz, que o Senhor confessou ontem, morreu esta noite de um ataque.
-          Morreu?! Bradou o Pároco impressionadíssimo.
Chamou o estudante e juntos se dirigiram à casa do falecido. No caminho, o Vigário ia dizendo:

-  Feliz dele! Confessou-se tão bem! Como Deus é bom! Entraram no quarto e fitaram comovidos aquele rosto que horas antes irradiava saúde. De repente, o olhar do Padre cai sobre um quadro emoldurado na parede. Levou como que um susto.

-          Conheceu você esta senhora? Perguntou ao seminarista.
-          Sim, senhor; é a mesma senhora que foi chamá-lo ontem à noite.
Perguntou a um dos presentes quem era aquela senhora.
-          É a mãe do rapaz, disseram em coro.
-          Vive ainda?
-          Não, senhor; morreu há três anos.
-          O senhor afirma que morreu!! Mas se ele, ela mesma, reconheço-a, foi chamar-me ontem para que eu viesse aqui! Comovidíssimos, todos os assistentes choraram.

Pela Ave-Maria, que ele rezava diariamente, a mãe celestial enviou a mãe terrestre (Já no Céu) chamar o Padre para converter o filho e salva-lo.

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